Gilson Machado nega ter agido em favor de Mauro Cid: ‘de jeito nenhum’
O ex-ministro de Bolsonaro disse que ligou para o Consulado Português no Recife para renovar o aporte do seu pai
junho 13, 2025 - 2:02 pm

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá
O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), negou, nesta sexta-feira (13), ter participado de qualquer articulação em prol do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro. Gilson foi preso pela Polícia Federal, no Recife, na manhã de hoje.
Machado falou à imprensa no início da tarde ao dar entrada no Instituto de Medicina Legal (IML) da capital pernambucana. Ao ser questionado sobre as acusações, ele detalhou que ligou para o Consulado Português no Recife para renovar o aporte do seu pai Carlos Eduardo Machado Guimarães, de 85 anos, e ao ser questionado se nesta conversa também pediu o de Mauro Cid, negou.
“Não, não, de jeito nenhum. Agora é público que o Cid tem uma cidadania portuguesa”, declarou. A cidadania, inclusive, já havia sido comunicada pelo próprio ex-ajudante de ordens ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não matei, não trafiquei droga, não tive contrato com traficante. Apenas pedi o aporte para meu pai por telefone aqui no Consulado Português do Recife. E o aporte dele, se ele não recebeu, ele está para receber a renovação do aporte português dele. Tem alguma necessidade disso? É só pegar lá as ligações que eu tenho com o Consulado. Não estive presente em nenhum consulado, nenhuma embaixada, nem de Portugal, nem de qualquer outro lugar, nem no Brasil, nem fora do Brasil”, detalhou Gilson Machado.
Confira a entrevista completa:
No IML, Gilson ou por exame de corpo delito e depois seguiu para o Centro de Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, onde deve ficará à disposição da Justiça. Além da prisão, Gilson também foi alvo de mandado de busca e apreensão.
aporte para Cid
A Polícia Federal investiga se Cid estava tentando emitir um aporte português para deixar o Brasil. O ex-ajudante de ordens é delator na investigação do plano de golpe de Estado orquestrado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O tenente-coronel também foi alvo de mandado de busca e apreensão, nesta sexta-feira, e precisou comparecer à sede da Polícia Federal em Brasília para prestar depoimento.